Volume total de empresas com contas em atraso cresce 4,08% em agosto; 45% das empresas negativas atuam no comércio e devem, principalmente, para o setor de serviços, que inclui bancos
Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que as empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de agosto com uma dívida média de R$ 5.582,90. De modo geral, mais da metade (56%) das empresas que estão negativadas possuem pendências que somadas superam a cifra de R$ 1.000,00. De acordo com o levantamento, cada empresa inadimplente tem, em média, dois compromissos não quitados.
No último mês de agosto, o volume de empresas negativadas cresceu 4,08% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do avanço, a variação é menor do que no mesmo mês de 2018, quando a alta fora de 8,99%. Em agosto de 2017, o volume de empresas inadimplentes havia crescido 3,42% e em agosto de 2016, avançou 7,61%.
Entre as regiões pesquisas, o crescimento mais robusto foi observado nos Estados da região Sul, cuja alta foi de 5,52%, seguido do Sudeste, que apresentou avanço de 5,40% no volume de empresas inadimplentes. Nas demais regiões as altas foram mais modestas: 1,85% no Centro-oeste, 1,50% no Nordeste e 1,47% no Norte.
Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a atividade econômica ainda enfraquecida vem prejudicando o faturamento das empresas e, consequentemente a sua capacidade de pagamento. “A dificuldade dos empresários em manter os compromissos financeiros em dia está relacionada ao baixo crescimento da economia. Apesar da economia dar sinais de recuperação e a inflação se manter controlada, assim como os juros em menor patamar, há uma considerável distância entre os níveis atuais de atividade e os que antecedem a crise”, analisa Costa.
45% das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. Maioria deve para setor de serviços
O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Quase metade (45%) das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. As indústrias respondem por 9% do total de empresas inadimplentes, ao passo que as do ramo da agricultura não chegam a 1%. No mês de julho, o maior crescimento de empresas inadimplentes foi no setor de serviços, com variação de 6,75%. No comércio, houve um crescimento de apenas 1,82% e na indústria, alta de 1,51%.
Do lado do setor credor, ou seja, para quem as empresas estão devendo, o destaque é o setor de serviços, que engloba bancos e financeiras. Mais de 70% das dívidas não pagas foram contraídas no ramo de serviços. Depois aparecem o comércio (17%) e as industrias (12%) no ranking de participações.
“Para os próximos meses, espera-se que atividade econômica siga o ritmo de lenta recuperação e que os empresários permaneçam pouco inclinados à tomada de crédito devido ao cenário de grande capacidade ociosa em seus negócios. Em conjunto, esses fatores devem manter o crescimento da inadimplência das empresas em patamares discretos frente à série histórica como um todo”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Metodologia
O Indicador de Inadimplência das Empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.
SPC Brasil – Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.
CNDL – Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro, geram 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.
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